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Não somos contra a extinção do recesso parlamentar, ao contrário, somos por sua ampliação, prova que votamos favoravelmente na proposta da vereadora Cassandra, que consumiu com um assunto “interna-corporis” horas de plenário. Mas procurando fazê-la útil a ampliamos, propondo emendas à Lei Orgânica e ao Regimento Interno, corrigindo a falha e propondo as sessões matinais em julho, ilustradas. Vemos necessidade de ampliar o projeto original pelo motivo em que não a acreditamos eficaz, pois que persiste no regime de trabalho legislativo que produziu mais de seis mil trabalhos no ano passado e que não se afirma apenas nessa condição, mas nos atrativos para mais amplas camadas populares.

Acreditamos que a ocasião pode modificar a logística popular da Câmara, fazendo-a respirar. Agora, já que se discute um tema de âmbito interno e que queremos ampliar para a população, aproveitamos para propor as sessões de julho sejam matinais, atraindo novos públicos domésticos e mesmo presenciais. Consideramos que trabalhando 365 dias por ano em nosso gabinete – o que já foi comprovado no recesso passado com uma visita da imprensa -, existe, apesar do esforço, a condição diferenciadora da exclusividade do ofício da vereança. Há os vereadores que a têm, outros não, sem discutir os méritos da ligação ou não, para nós obrigatória, com a sociedade.

Agora, em face da aprovação do fim do recesso de julho em primeira votação, propusemos a realização destas sessões do sétimo mês do ano pela manhã, das 8 às 12 horas. Uma nova arca se abrirá ao pleito popular em horário diferenciado, que será aplaudido ou rejeitado, sujeito às modificações impostas pela comunidade à quem dever-se-ia perguntar tudo. Mas investimos na idéia da ampliação do debate municipal. Há vereadores com atribulações profissionais e sociais como a responsabilidade por entidades que exigem sua presença, há outros que tem sua única função a do exercício parlamentar. São fatos a considerar quando se analisa a proposta, que não deverá ser simplesmente repetida de parlamentos federais, mas verificada na sua viabilidade localmente – estrutura vital para realização do exercício parlamentar nacional, a única sede real.

No plano do sucesso da proposta – que agora passa na segunda votação – e sua iminente aprovação, não há o que se reparar, pois que atende aos que afirmam que os políticos estão recheados de privilégios e que trabalham pouco. O que não é verdade, pode-se comprovar com as múltiplas entabulações praticadas e comprovadas para encaminhar soluções às questões locais, núcleo que o edil é o principal agente delegado da vontade popular.

Vamos acordar cedo e mostrar trabalhos em julho com sessões ilustradas e atraentes, com projeção de slides e filmes sobre os temas discorridos, captando a atenção de novos públicos para o trabalho parlamentar da sede da nação. Estamos nesta passagem não a passeio, mas à serviço.