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A decisão da Petrobras de transferir suas atividades para o Rio de Janeiro abandonando todas as atividades de pesquisa exploratória realizadas na Bacia de Santos, levou a Câmara a aprovar uma moção de repúdio, no dia 26/05 de autoria do vereador Ademir Pestana (PSDB).

Para o autor da moção, a decisão da empresa irá gerar um grande problema para o Município, com uma avalanche de desempregados e ruptura da estrutura física e funcional montada para atender a demanda de trabalhadores anunciada no início e no decorrer da movimentação.

Desde o ano passado a estatal vem desmobilizando todas as atividades no Estado de São Paulo e em outros estados. “Isso nos leva a crer no esfacelamento desta que é a maior empresa brasileira”, disse. Na justificativa, o parlamentar mencionou que a Petrobras está fechando escritórios em vários estados e colocando refinarias à venda o que segundo ele, significa que as cidades que se organizaram para dotar condições para receber e atender toda estrutura da empresa, vai arcar com o prejuízo desse desmonte.

Quem é que vai pagar essa conta?

“A cidade de Santos através dos diversos e variados segmentos da economia se programou, se adaptou, investiu para corresponder às expectativas para sediar todo o aparato necessário à empresa para a realização de suas atividades, lembrando que em 2018, a Bacia de Santos era a maior produtora brasileira, tanto de petróleo quanto de gás natural”.

Durante manifestação em plenário, o parlamentar relatou que nas últimas duas décadas só se falava na instalação de um polo de atividades da Petrobras em Santos, gerando muitos empregos e ocasionando pequenos, médios e grandes investimentos. “Hotéis, restaurantes e outros tipos de comércio surgiram em função do sonho suscitado pela atuação da empresa, que ao que parece, diante do anúncio da estatal de encerrar as atividades na região, não passou do canto da sereia, atraindo investidores para algo que parecia bom. Quem vai pagar a conta? Perguntou o vereador.”

Torres – Das três torres anunciadas para instalação no Valongo, para abrigar funcionários, apenas uma foi erguida, inaugurada em 2014, onde ainda trabalham cerca de 2.300 pessoas. Em fevereiro do ano passado, a Petrobras anunciava investimento de mais de 33 bilhões para os próximos cinco anos na Bacia de Santos e a previsão de que no máximo em dois anos a produção aumentaria em cerca de 500 mil barris de petróleo/dia e 12 milhões de metros cúbicos de gás. Consequentemente, mais royalties e a cidade de Santos e região teriam aumentadas a arrecadação, conforme informado na moção de repúdio.