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Reconforta-nos e a milhares de ciclistas, no passado e ainda hoje muitos acidentados neste percurso, o anúncio da ciclovia do túnel Rubens Ferreira Martins, pelo qual lutamos há alguns anos e pelo qual enfrentamos grandes debates, guiados pela exigibilidade dessa melhoria na proteção de vidas humanas sobre duas rodas autopropulsionadas – não poluentes, saudáveis, vitais, soluções viárias improrrogáveis. Vencemos!

Motivo de polêmica, nossa razão residiu sempre na necessária redução de acidentes com veículos ameaçando e por vezes atropelando bicicletas nesta via e acesso rápido ao centro – já projetado em 1896, quando Benjamim Fontana queria abrir um túnel para assentar os trilhos para bondes puxados a burro, cuja linha se estenderia para outros pontos da cidade. – apreciado na sessão da Câmara e 20 de maio de 1896, como nos informa o site Novo Milênio, que traz artigo do historiador Olao Rodrigues. O presidente da Câmara e então dirigente da cidade era Iguatemy Martins.

Mais tarde, o vereador José Monteiro propôs a abertura do túnel no mesmo Morro do Fontana, ao lado do Monte Serrat. Foi criticado por este, como diziam “buraco mais caro do Brasil” que, dizem, teria causado castigos morais da Igreja Católica por ameaçar, supostamente, a estrutura da construção religiosa em cima do morro. A única campanha sensata, dizíamos, para impedir o tráfego de bicicletas no túnel seria a construção de uma ciclovia, que, enfim, chegará. Os volumes despendidos em campanhas e apreensões tem agora destino útil, com uma política decisivamente cicloviária. Parabéns.