Com 1078 votos dados à chapa “C, a maior votação do país, a Baixada Santista mostrou que é o “reduto” lusitano mais poderoso do Brasil, por suas entidades. Os aptos a votar são 30 mil na região. Nos 200 anos da chegada da Família Real, os que iniciaram a plantação da cana-de-açúcar e trouxeram as santas casa e beneficências, a filantropia da vida.
Nas eleições deste dia 27 da Comunidade Portuguesa – CCP, que se realizaram em todo o Brasil pela terceira vez, desde 97 – em quatro círculos e em todo o mundo -, a chapa “C, do Círculo Eleitoral de São Paulo, Curitiba e Porto Alegre foi a mais votada nacionalmente. Um esforço dos nossos Mendes, dos Duartes, Frias, Lopes, Souza, Gonzalez, Silva, enfim, de todos dos construtores aos padeiros – em sólidas entidades.
As eleições se realizaram nos consulados ou seções consulares ou na sede de associações que apresentaram a sua candidatura para o efeito ao titular do posto ou da seção consular. Disputaram as eleições nove listas, integrando os 42 candidatos aos oito lugares de membros efetivos e suplentes para o Brasil, nos círculos Brasília-Belém, Rio de Janeiro-Belo Horizonte, Recife- Salvador-Fortaleza e São Paulo-Curitiba-Porto Alegre.
A Lista “C”, representando o Círculo Eleitoral de São Paulo / Curitiba / Porto Alegre, teve como candidatos a Membros Efetivos os nomes de José Duarte Alves, Vasco Frias Monteiro e Juliana dos Santos Lopes. E candidatos a Membros Suplentes José Octávio de Sousa, Ana Maria Pereira Gonzalez e Albino de Abreu Ferreira.
O número de votantes foi de 4604 eleitores – menos de dois por cento da população portuguesa oficialmente registrada no Brasil, estimada pelo governo brasileiro em 280 mil. No Brasil foram eleitos oito dos 63 membros do CCP. No total da América foram escolhidos 24 conselheiros.
Recolhidos os resultados parciais registrados em cada um dos quatro círculos eleitorais em que foi dividido o território do Brasil, como determina a lei. O Conselho, criado em setembro de 1996, é o órgão consultivo do Governo português para as políticas relativas à emigração e às comunidades portuguesas e representativas das organizações não governamentais de portugueses no estrangeiro. Tem um mandato de quatro anos.
São cinco milhões de Portugueses pelo mundo, aqui, na França, na Bélgica, na Holanda, no Luxemburgo, nos Estados Unidos da América, em Macau, na Alemanha – entre outros países em que cidadãos portugueses desempenham papel efetivo há cinco séculos. Os dados do governo brasileiro confirmam a importância da comunidade portuguesa no país. Os países que mais têm cidadãos morando em terras brasileiras são Portugal (280 mil), Japão (95 mil), Itália (70 mil), Espanha (60 mil) e Argentina (40 mil). Os países da União Européia representam a maioria, com 510 mil.