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Os santistas precisam de um órgão em que possam atuar nas políticas do transporte coletivo. Questões simples demonstram isso: se temos o hábito cultural das filas indianas, na vertical, por que os abrigos, reformados e reinstalados na Praça Mauá, são horizontais? É claro que há problemas bem mais sérios no setor e que comprometem comerciantes e comerciários, empresários e usuários, limitados no seu direito de ir e vir pelas deficiências do transporte popular.

Traduz apenas, se é que se pode traduzir assim, preocupação com os que utilizam o transporte coletivo, que são muitos dos nossos concidadãos, nossas observações e intervenções no setor. São detalhes que enunciam a falta de atenção das autoridades públicas, que não tem sequer uma estrutura de fiscalização dos serviços prestados pela concessionária, que atropelam os direitos populares, usuários a quem não se permite fiscalizar.

São temas que estão recebendo atenção do Ministério Público, para o qual encaminhamos as denúncias feitas aqui e que já provocaram a abertura de investigações para instauração de Inquérito Civil Público. Já propusemos, por Projeto de Lei, a criação de um Conselho Popular do Transporte Coletivo, para que os usuários – parcela legítima do sistema – possam fiscalizá-lo por suas entidades e representações.

Antes de se denunciar o cumprimento de determinadas condições essenciais como horários e freqüência dos coletivos, o que é patente, denunciamos a própria ausência de fiscalização, providência anterior em nível federal à própria privatização de serviços públicos – vejamos a ANEEL e outras agências.

Outras atitudes estranhas e desatentas aos interesses populares têm sido tomadas no setor, como a que demoliu os abrigos de concreto e os substituiu pelos abrigos com propaganda, de plástico, que tem curta duração dada sua fragilidade.

As identificações das linhas, feitas precariamente com avisos em papel, necessitam ser melhor definidas, assim como a freqüência dos ônibus que mostram sua irregularidade no acúmulo de coletivos em determinados horários e longas ausência de outros, demonstrando a clara ausência de controle popular, que se exige.