Select Page

O desaparecimento do líder político Salomão Malina, Presidente de Honra do PPS, na madrugada deste sábado, aos 80 anos de idade, exige não apenas dos membros partidários, mas de toda a classe política brasileira, a reverencia ao integrante histórico que substituiu Luiz Carlos Prestes no comando do mais antigo partido político do país, o PCB – homem que dedicou sua vida ao Brasil e aos brasileiros.

Nascido 15 dias após a data mundial dos trabalhadores, no ano da fundação de seu partido, em 16 de maio de 1922, seu desaparecimento no último dia 31 de agosto deixa para trás uma história de heroismo, humildade e dedicação aos mais fracos e humildes.

Malina, o bom homem que pregou a democracia e os direitos humanos na legalidade e na clandestinidade, sob perigo, na defesa dos interesses populares. Malina, o bom homem, que enfrentou a ditadura e a repressão, que esteve na guerra, foi condecorado e lá mostrou sua verdadeira coragem para libertar.

Malina o teórico e dirigente que acreditava na luta popular e repudiava o terrorismo, crítico do imperialismo norte-americano e da dominação colonial que escravizou e escraviza. Malina, para quem o Estado deve visar o bem-estar da coletividade e não gerar benefícios pessoais.

Pois este nosso querido Malina não viveu para ver a votação que se fará sobre a ALCA – o acordo comercial que abre nossas fronteiras à produção norte-americana, a mesma que se fecha para os nossos poucos produtos e que pretende nos invadir ainda com maior vigor.

A melhor homenagem que poderemos a Salomão Malina é oferecer é o nosso grito de independência, negando o acordo do pescoço com a guilhotina, do mais fraco com o mais forte, da submissão às tecnologias para garantir a supremacia do norte sobre o sul eternamente. Vamos dizer não à ALCA lembrando de Salomão Malina, de suas batalhas, de sua força e energia.