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A utilização de escavadeiras de impacto nas construções, nesta época de aceleradas obras, tem prejudicado não apenas o descanso de muitos, mas as estruturas dos imóveis antigos – em face tanto da inconsistência do solo como da precariedade das técnicas construtivas utilizadas na época destas construções vizinhas. A aplicação da tecnologia das estacas escavadas ou de hélice contínua ressalta-se como mais apropriada, na medida em que não geram os prejuízos lembrados – obrigando-se a constar das autorizações concedidas para construções este item apropriado à cidade – a proibição dos bate-estacas.

Na década de 50, o eng. Fernando Lizzi concebeu na Itália uma estaca escavada de pequeno diâmetro, originalmente utilizada para reforço de fundações, denominada “Pali Radice” ou estaca raiz. No Brasil, o emprego da estaca raiz tem sido bem difundido, tendo-se adaptado muito bem aos tipos de solos encontrados no país, sendo utilizado não só como reforço, mas com elemento principal de fundação de prédios, pontes e viadutos.

As estacas escavadas tinham como função básica o reforço de fundações.

A existência de equipamentos modernos com emprego de alta tecnologia aumentaram a competitividade das estacas raiz em obras normais. Eram utilizadas na execução de reforço de fundações. Na década de 70 foram introduzidas no Brasil. Seu emprego teve um crescimento significativo nos últimos anos, como mais um tipo de fundação profunda.

A escavação será executada com perfuratriz rotativa hidráulica ou roto percussiva, com a utilização, quando necessário, de um tubo com revestimento metálico de diâmetro ligeiramente inferior ao diâmetro final da perfuração. Normalmente, a coroa de perfuração é acoplada na extremidade inferior do tubo de revestimento ou de haste de perfuração. Além dos equipamentos e acessórios bem dimensionados é de fundamental importância a utilização de uma equipe muito bem treinada, não só quanto à execução da estaca, mas, sobretudo quanto às responsabilidades de todos os envolvidos no processo.

É buscando amenizar o impacto em um solo frágil e densificado de construções antigas que oferecemos a Lei que veda essa utilização de bate-estacas que não de hélice continua ou escavadas. Santos tem uma tradição de construção indevida de edifícios, como na praia, resultado de um processo geológico de formação do solo com mais de uma ocupação pela água, forjando faixas de areia repetidas – exigindo estacas longas.