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Em mais uma contestação da estratégia política dos setores da oposição desta cidade, a mesma utilizada na Capital Federal e na Capital do Estado para dirigir os poderes legislativos, do alto de sua experiência secular de vereador e deputado, a opinião do advogado Nelson Fabiano Sobrinho condena a chapa que, com forças heterogêneas, quer garantir a presença da oposição na Mesa da Câmara de Vereadores e nas Comissões fiscalizadoras dos atos do Executivo.

Revela Fabiano sua visão de um espetáculo que participou, caracterizando-o como um “filme que já viu” e que chama “pitoresco”. Tendo sido intérprete e personagem, o chama de “comédia”, “chanchada” ou “tragédia”, que conhece por dentro e na intimidade. Tem ainda mais experiências, pois teve rápidas passagens pelo Executivo e conhece outros meandros.

O que ele sugere, embora saiba que não, é que poderia ser diferente, como em tentativas anteriores de tomar o poder em mãos da oposição, resultando em total ausência dela na fiscalização administrativa. Tanto é que esta composição foi articulada junto com o vereador Adelino, com estes objetivos e que inclusive a sugeriu, para sair a convite depois para ocupar o cargo de seus sonhos. A fórmula era, é e será assim. É assim na Câmara Federal e no Senado, também, na Assembléia Legislativa – em que a oposição participa sim da direção, compondo com a situação para dirigir os trabalhos legislativos.

Composição das forças políticas presentes no parlamento, é o que se faz na direção da Mesa Diretora. Mas Fabiano descreve o que viu e viveu, fala de traições, mentiras, dissimulações, de falta de ética e compostura, com a voz da experiência. Ninguém melhor do que ele pode descrever o que assistimos ainda hoje, até mesmo dentro dos partidos, cujos dirigentes atendem interesses outros que não os ideais partidários.
O que é estranho é que Fabiano, com toda sua experiência, não tenha entendido o papel da mesa da Câmara e das Comissões Permanentes na fiscalização dos atos do Executivo, embora saiba por experiências pessoais que desconhecemos, de procedimentos reprováveis. Mas seguimos acreditando que as vitórias da moral e da ética não se limitam a arroubos pessoais, mas da ação de grupos organizados, produzindo efeitos concretos para a comunidade e não apenas legendas heróicas que nem tanto. É fácil não compor e radicalizar artificialmente o discurso: duro é fiscalizar sem ceder.

Mas devemos sempre estar alerta para nunca passar pelos cargos e deixar rastros de improbidade, o que os elementos de oposição que agora se unem jamais cometeram. Vale a pena entender, quando se busca o melhor para a cidade e para sua gente, não apenas a expressão pessoal e os 15 minutos de sucesso.