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A exposição de lembranças e reflexões sobre o momento político da cidade, do Brasil e do mundo em 1968 (que para quem não sabe começou no Brasil em março e não na França em maio) será o tema do encontro promovido pelo vereador Ademir Pestana. Será nesta sexta-feira 4, às 19 horas, na sala Princesa Isabel da Câmara Municipal, praça Mauá – que deverá resultar na formação do movimento Coletivo 68 e na edição de um livro. “Os que tem memória deverão comparecer, assim como os que querem conhecer um dos maiores momentos do século XX, que repudiou as guerras”, desafia o vereador Ademir Pestana (PSB), que teve a iniciativa do evento de resgate dos 40 anos de 1968 – contra a Ditadura Militar aqui, contra a Guerra do Vietnã nos EU, contra a invasão da Checoslováquia no leste europeu, contra a reforma do ensino na França, enfim.

Estão sendo convidados os dirigentes políticos e estudantis de 1968 – os “sobreviventes” -, como o hoje juiz e então presidente do Diretório Acadêmico Alexandre de Gusmão, Luiz Carlos Gomes Godoy, o então presidente do DCE da Faculdade de Filosofia Max Ordonez, o hoje empresário Omar Laino, os professores Laércio Gerbi e Clóvis da Matta – então presidente da Associação dos Universitários da Baixada Santista, que junto com Max personificou um dos importantes eventos de 68 em Santos, motivo de uma intensa mobilização dos estudantes de então.

Sindicalistas como Marcelo Gato, Moacyr de Oliveira, Jair Marcatti, Vasco Nunes e Arnaldo Gonçalves também deverão comparecer, além de Oswaldo Lourenço e Uriel Villas-Boas, líderes estudantis como o hoje advogado Gerson Martins, o dirigente e militante da época em SP Sérgio Gomes – hoje proprietário da maior agência sindical de imprensa sindical da capital -, junto com Ulrich Hoffmann, dirigente político nacional da esquerda na época. Os antigos militantes e então acadêmicos de Direito Sérgio e Tania Sá, Sonia Morozzetti e Cristina Cobra, hoje advogados como a expressão libertária daquela época – que continuou aqui -, Sérgio Sérvulo da Cunha, em São Paulo o dirigente de 68 João José Sady.

Os psicólogos e militantes Celso Manço e Rivaldo Leão devem estar presentes, a professora Beth Savietto, os então parlamentares Gastone Righi, os artistas Argemiro Antunes, Luiz Garcia Jorge e Juracy Silveira, o arquiteto Lélio Kolhy e um dos principais dirigentes estudantís, Anibal Ortega e Gentil Nunes, entre outros. As lideranças dos diretórios estudantis das escolas secundárias e das faculdades estão convidados, com todos os que quiserem saber do assunto. E do Centro dos Estudantes, que então centralizava a ação estudantil e que era predominantemente secundarista, mas que agia em integração com estudantes universitários./p>

A Psicóloga Lilia David estará presente, esposa de um cassado pelo Ato Institucional número 1, de 10/4/64, Assinado pelo general Costa e Silva, Francisco de Assis Correa e Melo e pelo vice-almirante Augusto Grunewald. Heber Maranhão Rodrigues era dirigente da Rede Rodoviária Federal e quadro do Governo Jango. Integrante do PCB preso e exilado, é o número 19 desta primeira lista dos cassados, ao lado de Luiz Carlos Prestes (1), Jango (2), Janio (3), Miguel Arraes (4), Darcy Ribeiro (5), Waldir Pires (7), Francisco Mangabeia (23), Rogê Ferreira (91), Moisés Lupion (94). Engenheiro que trabalhou em 23 países, esteve incluido no “Relatório Veras” sobre a “subversão” no Rio Grande do Norte.

TAMBÉM ESTÁ CONVIDADO O ATUAL SECRETÁRIO-ADJUNTO DA HABITAÇÃO DO GOVERNO ESTADUAL, ULRICH HOFFMANN, QUE TEVE PARTICIPAÇÃO NACIONAL NA LUTA CONTRA A DITADURA.