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No dia 26 de junho, o técnico da seleção brasileira, Dunga fez uma declaração que revela o quanto ainda é preciso que nosso País evolua em políticas públicas de Igualdade Racial e Étnica. Horas depois, um pedido de desculpas tentou acalmar os ânimos, mas algo maior ficou evidente: “Acho que sou afrodescendente, gosto de apanhar”. Para o vereador Ademir Pestana (PSDB), foi apenas a ponta de um Iceberg com o qual é preciso lidar.

“A declaração de Dunga foi infeliz, não só por seu evidente teor racista mas, principalmente porque revela uma face discriminatória tida como socialmente aceita em nosso país”.

Segundo Ademir, na história do Brasil, é fato que os afro-descendentes apanharam muito, talvez muito mais do que Dunga possa suportar. E essa violência continua, dia após dia, velada através de um preconceito por vezes silencioso e que, em muitas ocasiões, ganha voz covardemente. “Muitos preferem fingir que ele não existe, mas é impossível passar desapercebido”.

Como presidente da Comissão que trata das Políticas Públicas de Igualdade Racial e Étnica na Câmara de Santos, ele observa atento aos esforços para combater toda e qualquer forma de racismo. E sustenta que seu trabalho junto ao legislativo é amenizar essas diferenças buscando a igualdade de oportunidades e o respeito mútuo.