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Não é de hoje que operações com grãos no Porto prejudicam moradores .

Não é de hoje que moradores dos bairros Ponta da Praia e Estuário onde se concentram cerca de 50 mil pessoas, se vêem prejudicados em razão das operações com grãos realizadas diuturnamente no Porto de Santos. No último final de semana, munícipes sentiram um forte odor decorrente da emissão de micropartículas de soja, açúcar e trigo que são dispersados com a ajuda do vento. A Câmara de Santos, em outras ocasiões, já cobrou das autoridades providências no sentido de minimizar estes impactos, sobretudo ao meio ambiente, no entanto, para o vereador Ademir Pestana (PSDB) as reclamações dão conta de que os esforços nesse sentido têm se mostrado ineficazes e inócuos.

O vereador responsabilizou na sessão do dia 1º de abril, as empresas CARAMURU, LOUIS DREIFTS, T-GRAIN e ADM, que operam nos terminais portuários. Segundo ele, não há regramentos quanto aos procedimentos que norteiam as operações para o embarque de grãos. “As mesmas deveriam ser transferidas para outro local ou então, estarem devidamente equipadas com filtros absolutos”, afirmou. A poluição dispersada tem prejudicado demasiadamente os moradores dos bairros Ponta da Praia e Estuário, principalmente crianças e idosos que são mais suscetíveis a doenças respiratórias, entre outras. É sabido que grande quantidade de micropartículas lançadas no ar resulta destas operações portuárias.

Os pulmões são particularmente propensos às reações alérgicas, pois ficam expostos a grandes quantidades de antígenos suspensos no ar, como poeira, pólen e substâncias químicas, aumentando a possibilidade de reações respiratórias alérgicas, podendo causar a Pneumonite de Hipersensibilidade.

O parlamentar defende a necessidade de se estabelecer um plano que venha minimizar os impactos causados ao meio ambiente e, consequentemente aos moradores que residem próximos ao complexo portuário, especialmente nos terminais 39 e 40. Por meio de requerimento apresentado em plenário, Ademir Pestana questiona a Cetesb. Ele quer saber do órgão quantas e quais empresas já foram autuadas de 2009 até hoje, se existe um protocolo de regramento para o embarque de grãos nos locais apontados e um plano para minimizar prejuízos e impactos ambientais. Ele quer saber ainda, se a Cetesb orienta as empresas poluidoras quanto a instalação de filtros absolutos e se há fiscalização noturna. No requerimento, Ademir Pestana pede que o Legislativo dê ciência à Codesp, Promotoria de Meio Ambiente e Secretaria Municipal de Meio Ambiente.