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EDIS DEMITIFICADOS: É importante a matéria de A Tribuna sobre a Câmara, publicada no espaço nobre a página três no último dia 2 (dois), de autoria do jornalista Luigi di Vaio. Importante na medida em que revela a face humana dos integrantes daquela Casa e desenha sua atribulação no dia-a-dia legislativo. E desmitificando na sua suposta nobreza, na demonstração de que os vereadores são seres humanos como qualquer pessoa. No passado, o eles tinham ares superiores, mas isto acabou. São representantes populares, só. Com excelência, ativos.

Os parlamentares se comportam sem a rigidez e a formalidade que alguns imaginam, mas que não existe, na verdade, em qualquer parlamento no mundo – nem na ONU. O que revela apenas que são assim os parlamentos municipais, estaduais e federais (como a Câmara e o Senado, onde usam lap-top durante as falas) e mundiais.

Mas a imprensa sempre atenta, mas que por vezes crucifica até uma comemoração dançante, retrata os que estão ligados, necessariamente, a dezenas de fatos concomitantes. Gente que tem como área de atuação toda a cidade e se relaciona diretamente com milhares de pessoas. Os vereadores, pasmem, bebem água, bocejam, atendem telefones, lêem jornais como qualquer mortal. E até tomam lanche, são atores atribulados do dia-a-dia. O mito do parlamento rígido se desfaz mitológico que era, nas imagens da TV.

Por vezes os vereadores saem do plenário Princesa Isabel e atendem cidadãos na sala anexa Aristóteles Ferreira, como fizemos para viabilizar a discussão de temas que era do interesse do público que, após as 20 horas, não tem mais condução. Isto é usual e ocorre amiúde. Os vereadores negociam no salão ao lado do plenário com representantes de grupos que estão se manifestando nas galerias. Ou para lá se retiram no momentos de obstrução da sessão, de modo a atender e apressar a discussão e temas na Ordem do Dia. São realidades transpostas ao público e que só mostram o rígido cumprimento dos compromissos pelos vereadores com sua comunidade. São bons estes momentos esclarecedores.